O Presidente da Comissão Instaladora da Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária(Anaser),sem avançar dados concretos, considerou hoje de “muito preocupante” o nível de mortalidade provocada por acidentes de viação nas estradas da Guiné-Bissau, tendo em conta o número da população guineense (cerca de dois milhões).
Maninho Gomes Fernandes proferiu estas afirmações à ANG quando fazia o balanço da sua participação no 1º Congresso Regional sobre Dados da Mortalidade Rodoviária, que decorreu de 01 à 03 Março,em Dakar , no Senegal.
“Hoje, o que mais mata nas estradas da Guiné-Bissau são as motos e o motivo é de que a maioria das pessoas que anda de moto, cerca de 95 por cento, não tem Carta de Condução ou não sabe o que é mesmo isso. E quando isso acontece é sinal de que a pessoa não conhece o Código de Estrada, por isso as autoridades devem estar mais vigilantes, principalmente, na época da campanha de comercialização da castanha decaju que se avizinha “,disse.
Falando sobre o encontro de Dakar, este responsável rodoviário considerou de “muito positivo” a sua participação no evento, uma vez que serviu para trocas de informações, experiências face a recolha e tratamento de dados de acidentes nas estradas..
Disse que no encontro foi adotado um programa que visa a redução, de pelo menos 50 por cento, da mortalidade e traumatismos provocados por acidentes rodoviários.
Gomes Fernandes disse que, anualmente, morrem nas estradas em todo mundo, mais de 1,3 milhões de pessoas e outros 50 milhões ficam feridas, o que considerou de “gravíssimo” e diz que 53 por cento dessas mortes ocorrem em países subdesenvolvidos ,ou seja onde há menos viaturas, mas tem mais mortes causados nas estradas.
“Esta realidade causa mais problemas sociais nesses países, uma vez que a maioria das pessoas que perde vidas nas estradas são jovens de 15 à 40 anos de idade, que representam a força produtiva de qualquer Nação”, salientou.
Fernandes diz ser uma situação endémica mundial daí a razão do encontro de três dias, em Dakar, para se conhecer como é que cada país recolhe e trata os dados sobre acidentes de viação.
Gomes Fernandes afirmou que o evento financiado pela OMS juntou entre outras entidades, a Guarda Nacional, Policia de Trânsito, representantes do Ministério da Saúde, e Bombeiros e foi organizado pelo Ministério dos Transportes do Senegal e o Programa de Politica de Transportes da União Africana,e contou com 150 participantes provenientes de 21 países.
RTB/ANG
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