Umaro Sissoco Embaló, declarou hoje que Domingos Simões Pereira não será nomeado Primeiro-Ministro, caso a coligação PAI – Terra Ranka vença as eleições legislativas de 04 de junho.
O anúncio foi feito durante a inauguração do porto de pesca artesanal, construído pela China, no bairro de Bandim, em Bissau. Embaló afirmou que não criará obstáculos a um Primeiro-Ministro proposto pela coligação PAI – Terra Ranka, desde que este não seja Domingos Simões Pereira, ex-chefe do governo e líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
No passado, o Presidente afirmou que nunca nomearia Domingos Simões Pereira como Primeiro-Ministro. Embaló sublinha que isso não significa que rejeitaria um governo formado pela coligação do PAIGC, caso vençam as eleições.
Embora o Presidente da República mencione não ter objeções ao PAIGC, que lidera a coligação PAI – Terra Ranca juntamente com outras quatro formações políticas, ele sugere que é possível que o Movimento da Alternância Democrática (Madem G-15) possa formar uma coligação pós-eleitoral com o PAIGC, caso um dos partidos obtenha a maioria dos votos.
O Madem G-15 foi fundado por dissidentes do PAIGC, incluindo o atual Presidente. Além disso, Embaló criticou o Partido da Renovação Social (PRS), que faz parte do atual governo, mas que tem criticado as ações do executivo durante a campanha eleitoral.
Vários analistas políticos da Guiné-Bissau consideram provável que o PRS e a coligação PAI – Terra Ranca possam estabelecer uma parceria pós-eleitoral para dar viabilidade ao próximo governo. No entanto, o Presidente Embaló sinaliza que poderá ele mesmo procurar um entendimento entre a coligação PAI – Terra Ranca e o Madem G-15.
RTB/Lusa
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