Lusa

O PR, Umaro Sissoco Embaló, avisou que não vai marcar outra data para as eleições legislativas, agendadas para 4 de junho.

Embaló afirmou que não fará mais decretos para reagendar as eleições, depois de já o ter feito duas vezes. O chefe de Estado guineense espera que as eleições sejam ordeiras e transparentes.

Em maio de 2022, Embaló dissolveu a Assembleia Nacional Popular e marcou eleições para 18 de dezembro do mesmo ano. No entanto, após conversas com partidos políticos, o governo propôs adiar as eleições para maio deste ano. A data finalmente acordada foi 4 de junho.

O presidente frisou que a Guiné-Bissau não será refém de ninguém e que o país está preparado para responder a qualquer eventualidade, como a tentativa de golpe de Estado ocorrida em 1 de fevereiro de 2022.

Fontes envolvidas no processo eleitoral afirmaram que a Guiné-Bissau necessita de 3,5 milhões de dólares para realizar as eleições e espera que a comunidade internacional contribua com esse valor. Apesar do défice, o governo guineense destacou o esforço do país em financiar 70% do montante estimado para as eleições.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Governo da Guiné-Bissau assinaram, em março, um acordo de apoio aos ciclos eleitorais entre 2023 e 2025, no valor de 5,3 milhões de euros. As eleições legislativas estão orçadas em aproximadamente 12 milhões de euros.

Duas coligações e 22 partidos apresentaram candidaturas às eleições de 4 de junho, cuja campanha eleitoral decorrerá entre 13 de maio e 2 de junho. O Supremo Tribunal de Justiça deverá divulgar as listas definitivas das candidaturas nesta semana.

RTB/Lusa