PR recebe Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique em visita a Portugal
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Por: Redação

Outubro 24, 2023

Outubro 24, 2023

“Não sou um ditador, mas sim um homem do povo e um disciplinador”, afirma o Presidente da Guiné-Bissau

O Presidente da Guiné-Bissau, condecorado no dia de hoje com o Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique por Marcelo Rebelo de Sousa, reiterou que é um líder dedicado ao seu povo, negando qualquer inclinação ditatorial. “Reposicionei a Guiné-Bissau no cenário internacional. Não existem pequenos Estados, apenas pequenos países. Buscamos igualdade, e isso requer estabilidade. No entanto, em África, os esforços para estabelecer ordem e disciplina são frequentemente confundidos com ditadura”, explicou Sissoco Embaló após o encontro com o Presidente português, em Belém.

Nas suas declarações, onde não foram permitidas perguntas dos jornalistas, Embaló enfatizou que prioriza as relações com Portugal na sua política externa, vendo este vínculo como crucial para a reputação internacional do seu país. A Guiné-Bissau, que teve recentemente a presidência da CEDEAO, assumirá a liderança da CPLP e tem ambições para a presidência da União Africana. “A nossa forte relação com Portugal é fundamental para nós e para a percepção mundial”, afirmou.

Recordando a visita de Estado do Presidente português ao Senegal, quando José Mário Vaz estava no poder, Embaló mencionou que o líder senegalês, Macky Sall, tinha realçado a necessidade de fortalecer a confiança entre Portugal e a Guiné-Bissau.

Durante a sua alocução, Embaló expressou surpresa pelo facto de ter passado 31 anos sem uma visita do Presidente de Portugal à Guiné-Bissau e compartilhou a sua tristeza quando Marcelo visitou o Senegal. “Fiquei desapontado quando o Presidente Marcelo foi ao Senegal e passou por Bissau. Nós deveríamos ser os facilitadores da sua visita ao Senegal, assim como Marcelo poderia fazer o mesmo por nós com outros países”, declarou.

Embaló, adicionalmente, destacou que as bases para a estabilidade política e a coabitação pacífica foram estabelecidas, algo que ele atribuiu ao pioneirismo do Presidente Marcelo. “Aprendemos muito com esta experiência de coabitação, assim como Cabo Verde”, acrescentou.

Na sua primeira visita de Estado a Portugal nas últimas cinco décadas, o líder guineense partilhou os seus sentimentos ambivalentes: “Não sei se devo sentir orgulho ou tristeza por ser o primeiro chefe de Estado em 50 anos a realizar uma visita de Estado a Portugal. Preferiria que predecessores como Cabral ou Nino tivessem tido essa oportunidade, mas alguém tem que ser o primeiro, e sou eu. Estou profundamente agradecido”, concluiu.

A agenda de Sissoco Embaló inclui um almoço de trabalho com o primeiro-ministro, António Costa, onde se discutirão temas pertinentes como os vistos e a situação dos antigos combatentes portugueses na Guiné-Bissau.

Esta versão procura manter todas as informações presentes no texto original, reformulando as frases e a estrutura para proporcionar uma leitura possivelmente mais fluída e adaptada ao contexto jornalístico de Portugal

RTB/Lusa

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