Dois recentes episódios da diplomacia “agressiva”, subscrevo-me, sim, a este adjetivo nominal.
João Lourenço e Umaro Sissoco efetuaram uma comunicação diplomática nestes últimos dois dias: do lado da Angola, fala-se em estreitamento das relações bilaterais com a Rússia no decurso da Guerra na Ucrânia. João Lourenço, que desde o início da invasão russo, manteu a sua “neutralidade” perante a “injustiça” russa.
O do lado Umaro Sissoco Embaló, ainda no decurso desta semana, o Presidente em Exercício da CEDEAO (guineense) terá debatido com o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, a “situação do terrorismo e a estabilidade na África Ocidental”.
Enquanto os russos esperam que Angola seja catalisadora e apaziguadora em África, os Franceses falam ainda sobre a “evolução da situação securitária no Sahel e no golfo da Guiné “, numa altura em que a Burkina Faso ordenou a retirada de tropas francesas no seu território, meses depois do Mali e a República Centro Africano terem feito o mesmíssimo.
Para além de Angola, Mali e outros países, recentemente, notou-se uma aproximação da Junta Militar em Ougadougou com Moscovo. E a França, tentando disfarçar-se e está numa investida incessante para se apoderar da CEDEAO e do país fantasma [Guiné-Bissau], diria noutro termo
Para um cidadão atento, nota-se, aliás, “uma guerra fria” ou “ideológica” sobre a África, o que poderá desembocar numa violência aberta no território Africano, isso perante o vento forte do tribalismo, associado a proliferação de seitas religiosas com mobil do extremismo violento. Ou melhor, o poder político e econômico é o destino de muitas seitas religiosas. Por isso, é salutar reforçar as legislações e vigilâncias em diferentes dimensões da segurança pública a nível da África.
Lembramos o financiamento para aniquilar Cadafi, na Líbia como ocorreu, quais foram interferências dos países europeus e americanos… Vamos refletir!
Episódios negros ainda poderão acontecer.
Por: Mamandin Indjai
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