Os marinheiros guineenses, angolanos e um cubano que se encontram retidos em Bissau devido à avaria da embarcação angolana Putete protestaram esta quarta-feira, frente à embaixada da Angola na Guiné-Bissau para exigir o pagamento de nove meses de salários.
Os protestos culminaram com a entrega de uma carta aberta à embaixada de Angola, anunciou em entrevista aos jornalistas, Marcelino Cá, representante dos marinheiros da embarcação Putete, e precisou que pediram a intervenção do embaixador angolano junto do seu governo para resolver essa situação.
O grupo de 18 marinheiros (9 guineenses, 8 angolanos e 1 cubano) está em Bissau há quatro meses, mas denuncia não ter recebido nenhum dinheiro da embarcação há quase um ano.
Para manifestar a sua indignação, Domingos Miranda, o representante dos marinheiros angolanos, citou uma frase do Presidente da República de Angola que diz: “ninguém é tão humilde que não pode ser ajudado e ninguém é tão poderoso que não pode ser julgado”.
” Nos somos marinheiros de uma embarcação angolana que teve uma avaria e estamos aqui a aguardar pela reparação do navio em Dakar (senegal). Desde 2020 que saímos de Angola nunca a nossa situação remuneratória salarial foi regularizada. Realizamos uma conferência para reivindicar, mas não houve nenhuma reação do patronato. Hoje decidimos entregar uma carta aberta para que o caso chegue ao governo central de Angola”. Frisou
Domingos Miranda disse ainda que decidiram deixar as suas famílias em Angola para trabalhar, não para passar miséria ou para viver nas péssimas condições em que se encontram.
“As nossas famílias já estão em debandadas em Angola, não têm um sítio fixo para viver, não têm finanças para pagar a renda, aliás, dependem exclusivamente de nós”, notou, para de seguida manifestar o repúdio do grupo que quer ver condições financeiras regularizadas e não quer continuar a trabalhar com a embarcação.
O grupo exigiu ainda à embarcação que se diligencie para retornar os marinheiros aos respetivos países de origem.
//RTB – Democráta
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