O Ministério Público procedeu hoje ao lançamento do Plano Estratégico de Combate à Corrupção denominado de “Ministério Público-Olho do Cidadão”.
Falando no acto, o Procurador-Geral da República, Bacari Biai disse que a corrupção tem sido um “cancro” na sociedade guineense e que nas últimas décadas houve um aumento esponencial desse fenómeno na sociedade em geral e em especial nas instituições públicas.
“Nenhuma sociedade é isenta da corrupção tendo líderes corruptos e vice-versa”, salientou.
Aquele responsável disse que, por isso, o combate à este mal deve ser encarrado como um dever de todos e diz que será necessãrio tomadas de medidas, em diferentes áreas, nomeadamente na justiça, politica, nos orgaõs administrativos de controle,na educação pública obrigatória, participação activa da sociedade civil e nas entidades religiosas.
Para Biai, deixar o Ministério Público isolado na implementação do Plano Estratégico de combate a corrupção não mudará as coisas.
Disse que na execução do Plano, a sua instituição vai precisar da colaboração dos mais altos titulares dos órgãos públicos uma vez que combater o flagelo em causa exige uma liderança forte.
Salientou que um sistema corrupto e endémico como é o caso da Guiné-Bissau dificilmente é alterado, de baixo para cima, com apoio e relação com os parceiros dos organismos internacionais e corpos diplomáticos.
Segundo Biai, essa ideia só poderá ser eficiente se o Governo, por decisão política, acabar com o que chamou de sequestro orçamental na área judicial em geral e em especial no Ministério Público.
Afirmou que os recursos que deviam servir para áreas da saúde ,segurança educação ,infra-estruturas são desviados por uma pequena parcela de cidadãos, e que o pouco que resta torna insufiente para investimentos voltados a necessidade da maioria,deixando o cidadão com a dúvida sobre a capacidade do Estado , enquanto promotor do desenvolvimento e justiça social.
Em representação do Chefe do Governo, a ministra da Justiça cessante sublinhou que o evento é de particular importância para o sector e para todo o país, atendendo os desáfios globais de combate ao crime e em particular a corrupção.
Alexandrina Silva disse que o plano foi lançado numa altura em que as prioridades nacionais constantes em todas as estratégias da governação se encontram viradas para a prevenção e combate à corrupção.
“A corrupção é um entrave grave ao investimento, ao crescimento económico e estimula a probreza, fomenta a instabilidade política, social, institucional e o ordenamento penal guineense”, disse.
//RTB – ANG
@Tidjane Cande
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