O Antigo Presidente da República da Guiné-Bissau José Mário Vaz [ JOMAV] vai liderar uma missão [de 53] observadores da União Africana (UA) às eleições gerais na Guiné Equatorial, a realizar no dia 20, anunciou esta segunda-feira, [14 de novembro], a Comissão da organização.

A missão de observação eleitoral de curto prazo às eleições presidenciais, legislativas e municipais na Guiné Equatorial, que começou a chegar a Malabo este domingo, tem mandato a terminar no dia 26 de Novembro –“ é composta por membros provenientes de vários Estados-membros da UA”, incluindo da “sociedade civil”.

A missão deverá proferir “uma declaração preliminar sobre o processo eleitoral no dia 22 de novembro de 2022, dois dias depois das eleições”, e a campanha eleitoral termina esta sexta-feira.

Teodoro Obiang [Presidente da Guiné Equatorial poder desde 1979 [com mais tempo do que qualquer outro chefe de Estado em todo o mundo], recandidata-se a um sexto mandato de 7 anos pelo Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE), que nunca obteve menos de 90% dos votos em qualquer eleição até a data presente.

Obiang que foi reeleito em 2016 com mais de 95% dos votos, mas a oposição e observadores internacionais acusaram o partido no poder de “fraude contra a oposição”.

Tiodoro Obiang enfrenta o seu aliado crónico, Buenaventura Monsuy Asumu, líder do Partido da Coligação Social Democrata (PCSD), que se candidata pela quinta vez às presidenciais do país oferecendo ao regime uma simulação de democracia.

A Guiné Equatorial é um dos nove Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) desde 2014, mediante alguns compromissos, como a abolição da pena de morte – formalizada em setembro passado -, a introdução do português e maior abertura democrática.

Desde a independência de Espanha em 1968, a Guiné Equatorial é apontado pelas organizações de direitos humanos internacionais como um dos países mais corruptos e repressivos do mundo.


RTB/ Fonte “ O Democrata”