A secretária de Estado da Gestão Hospitalar, Maria de Fátima Vieira, em entrevista ao Nô Pintcha no dia 5, revelou situações caricatas de pedidos de juntas médicas para o tratamento no estrangeiro.
“Fiquei chocada quando fui informada de que um homem conseguiu viajar ao estrangeiro com a junta médica com o nome de uma mulher em situação de gravidez de risco e, no país de acolhimento, o hospital local providenciou uma ambulância e tudo que era necessário para a receção de tal grávida mas apareceu um homem”, relatou a governante.
De acordo com Fátima Vieira, em várias outras situações, pessoas viajaram como doentes graves e hospitais de acolhimento no estrangeiro deslocam-se com ambulâncias para as receções no aeroporto, mas o alegado doente grave acaba por descer nas escadas do avião sozinho e ainda com gravata, no caso de homens e sapatos altos e bem maquiada, na situação de mulheres.
Pôr cobro à venda de medicamentos a céu aberto no Mercado de Bandim e noutros lugares, controlo rigoroso das concessões de juntas médicas para o tratamento no estrangeiro e luta ferrenha para o combate à corrupção no setor da saúde pública estão na agenda da Secretaria de Estado da Gestão Hospitalar para implementação prática dentro de poucos dias.
O aviso foi dado pela secretária de Estado da Gestão Hospitalar, Maria de Fátima Vieira, que também prometeu para breve desencadear operações de inspeção às farmácias e clínicas em todo o país para posteriormente tomar medidas de autorização de funcionamento daquelas que reúnam condições e fechar as que não preencham requisitos fundamentais.
Questionada se o despacho do ministro da Saúde Pública que suspendeu alguns técnicos em regime de contratado para setor da saúde provocou falta do pessoal técnico, Fátima Vieira respondeu “sim” mas sem adiantar pormenores.
“Depois de terem conhecimento do despacho que os desvinculam do Ministério alguns abandonaram, mas outros continuaram a trabalhar e ajudam bastante para não sobrecarregar os efetivos”, explicou.
RTB/Jnopintcha
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