O Fundo Monetário Internacional (FMI) manteve esta segunda-feira (21.11) encontro de trabalho com a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné – Central Sindical (UNTG-CS) com objetivo de inteirar da atual situação financeira e econômica da Guiné-Bissau.
Na sua página oficial do Facebook, a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné Central Sindical, disse ter questionada a missão de Fundo Monetário Internacional no sobre atual situação econômica do país, que considerou “complicado “sendo “as dívidas públicas excedem 80% das receitas fiscais”.
“Muito complicado, quando se tem uma dívida pública que excede 80% das suas receitas fiscais e 80% das suas despesas vão para os salários, torna-se pouco ou não credível”, revelou a missão de FMI.
A missão do Fundo Monetário Internacional negou ainda ter instado o governo guineense que dispensasse os técnicos de Saúde na administração pública.
“A razão pela qual autorizámos o aumento dos custos de pessoal no orçamento de 2022 é porque o governo nos deixou claro que os técnicos de saúde que foram mobilizados para combater a COVID-19 devem ser integrados no sistema, portanto, isto terá impacto nos custos”, esclareceu a delegação.
Sobre possível financiamento de trinta e sete (37) milhões de dólares prometido ao governo guineense, a missão esclareceu que “caso as avaliações forem negativas “ o país não beneficiará desse programa.
“Isto será determinado pela avaliação que iremos fazer e pelo resultado da auditoria externa que iremos exigir. O nosso objetivo é determinar se os acordos foram respeitados, nomeadamente o respeito escrupuloso do orçamento concedido, que foi subsequentemente transformado em lei pela Assembleia Nacional”, assegurou a missão de FMI aos sindicalistas.
Em reação nas redes sociais, a UNTG é de opinião que “o futuro é muito incerto e depende da capacidade do nosso executivo de respeitar as leis”.
“Todos sabemos que este não é o seu ponto forte, em todas as nossas exigências, exigimos sempre o respeito escrupuloso das leis nacionais, porque se existe tensão social, é devido ao desrespeito das leis e à impunidade política que existe no nosso país. Hoje, o destino de milhares de almas depende de uma qualidade que os nossos políticos não têm, nomeadamente a honestidade e a ética orçamental”, adiantou Central Sindical guineense.
A Missão do Fundo Monetário Internacional no país manteve igualmente encontro com autoridades nacionais e parceiros sociais.
RTB
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