Lusa
O Governo da Guiné-Bissau está a avaliar soluções para milhares de toneladas de castanha de caju do ano passado que ainda aguardam exportação, segundo informou uma fonte do Ministério do Comércio à Lusa. De acordo com o Governo, a quantidade de castanha de caju da campanha de comercialização de 2022, que não foi exportada devido a dificuldades logísticas e à conjuntura do mercado internacional, não deve ultrapassar 30 mil toneladas. No entanto, os empresários estimam cerca de 50 mil toneladas.
A fonte do Ministério do Comércio enfatizou que o Governo pretende conhecer a quantidade de castanha armazenada no país para encontrar uma solução para o problema. Os empresários do setor têm manifestado preocupações sobre as dificuldades na comercialização da castanha de caju para o exterior e apelam ao Governo e ao Presidente guineense para que se encontre uma solução.
O Ministério do Comércio destaca que o assunto está na agenda do Governo, que pretende encontrar uma solução antes do início da campanha de exportação deste ano. A campanha de comercialização da castanha de caju deste ano teve início no passado dia 31 de março.
A fonte do Ministério do Comércio indicou que a campanha está em curso apenas a nível de comercialização interna e que a castanha ainda não começou a ser transportada para Bissau, de onde é exportada. A Índia é o principal comprador da castanha da Guiné-Bissau, mas nos últimos anos também empresários do Vietname e da China têm comprado o produto guineense, ainda que em menores quantidades.
Recentemente, a imprensa guineense noticiou que a embaixada da China em Bissau informou que empresários chineses estariam interessados em comprar “mais de 30 toneladas” da castanha ainda no país.
RTB/Lusa
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