Faltam 45 dias para as sétimas eleições legislativas na história democrática da Guiné-Bissau, e o cenário político atual está envolto em incertezas. Ainda não se sabe quais formações políticas estão aptas a participar, nem a data para o sorteio do posicionamento dos partidos nos boletins de voto.
O porta-voz do PAIGC, Muniro Conté, afirma que seu partido está preparado para a disputa eleitoral, mas demonstra preocupação quanto à data de 4 de junho para a realização das eleições. Segundo Conté, ainda há prazos e etapas a cumprir, tanto no que diz respeito à validação das candidaturas dos partidos, como no sorteio para a fixação dos símbolos nos boletins.
Mpabi Cabi, secretário-executivo da Comissão Nacional de Eleições (CNE), tenta tranquilizar a sociedade, afirmando que o processo eleitoral está a decorrer conforme o cronograma. Entretanto, vários partidos, incluindo o PAIGC, continuam a exigir a indicação de novos membros do Secretariado Executivo da CNE, uma vez que o titular do órgão, José Pedro Sambú, é agora presidente do Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau.
A situação na CNE é preocupante para algumas formações políticas, como o PRS, que não apoia a realização das eleições sem a regularização da situação de lacuna na instituição. Gueri Gomes, coordenador Nacional do FOSCAO, também manifesta apreensão quanto à situação na CNE e enfatiza a importância de um poder judicial rigoroso e imparcial.
Neste contexto de incertezas e preocupações, a realização das eleições legislativas na Guiné-Bissau enfrenta um desafio significativo. A vontade política e ações concretas são necessárias para garantir um processo eleitoral justo, transparente e eficiente. O país precisa de um processo democrático que respeite os prazos e as etapas estabelecidas, assegurando assim a legitimidade e a estabilidade das instituições políticas.
Artigo baseado na reportagem divulgada pela DW
RTB
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