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O deputado do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM), Manuel Irênio Nascimento Lopes, foi detido na terça-feira, 07 de maio de 2024, no aeroporto de Lisboa (Portugal), por suspeitas de tráfico de droga.
O Democrata soube de uma fonte policial que o deputado viajou ontem, 07 de maio, à tarde, no voo da transportadora aérea portuguesa (TAP) para Lisboa.
À sua chegada, ao passar pelo controlo de escaneamento no aeroporto, foi detetado um pacote suspeito que motivou as autoridades portuguesas a chamá-lo para uma revista minuciosa das malas, durante a qual foi detetada a droga dissimulada num pacote.
A fonte informou que a droga apreendida estima-se em 13 quilogramas. A polícia decidiu deter e algemar o deputado.
Ainda de acordo com uma foto feita pelas autoridades policiais que O Democrata analisou, o deputado viajou vestido de umas calças de cor azul escuro e uma camisola preta e sentado numa mesa algemado com braços às costas.
Manelinho, como é vulgarmente chamado pelos seus próximos, é um empresário que investe no setor da pedreira, como também é dirigente político. Fez parte dos 15 deputados dissidentes do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) em 2015, que depois criaram o MADEM-G 15.
O deputado fez uma conferência de imprensa na segunda-feira, 06 de maio, na qual abordou a questão da divergência no MADEM e manifestou publicamente a sua lealdade à direção do partido.
Refira-se que Manelinho dirigiu a Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB) por oito anos e foi suspenso pela FIFA, organismo que dirige o futebol mundial, do cargo em 2020, quando concorria para um terceiro mandato.
Manelinho foi suspenso por 10 anos de funções desportivas devido a falhas na proteção de um homem vítima de um ataque em massa.
Segundo o comunicado da FIFA, Manelinho “falhou em proteger a integridade física e mental de um homem vítima de um ataque em massa”, como documentado num vídeo divulgado no Facebook, pelo que foi multado na altura a pagar uma coima de 93 mil euros, correspondente a mais de 60 milhões de francos CFA.
Recorde-se que em abril deste ano, um procurador-geral adjunto da Guiné-Bissau, Eduardo Mancanha, foi também detido, em flagrante delito, por alegado tráfico de droga no aeroporto de Lisboa, quando se preparava para embarcar para Bissau. Ainda de acordo com as informações, o magistrado tinha cerca de 200 gramas de haxixe na bagagem.
RTB/Odemocrata
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