A capital Bissau foi palco hoje, quinta-feira, 04.08.2022, da assinatura da Declaração Conjunta de Engajamento para Deposição das Armas na região senegalesa de Casamança, após quarenta anos de conflito.
A cerimónia decorreu no Palácio da República, sob a égide do Chefe de Estado, general Umaro Sissoco Embaló, onde o Estado senegalês e o Movimento das Forças Democráticas de Casamança, MFDC declaram a cessação imediata das hostilidades, deposição e recolha das armas, bem como a desmilitarização e a reinserção social, visando a paz definitiva na zona.
Umaro Sissoco Embaló, presidente em exercício da CEDEAO afirmou no ato que as partes acabam de escrever a história o desejo do povo de Casamança de viver em paz, dando um passo importante para a cessação definitiva das hostilidades, para o retorno a normalidade e desenvolvimento.
Nesta nova etapa, as partes concordam definir as modalidades e as formas de desarmamento, desmobilização e reinserção social, por isso, foi criada uma Comissão Ad-HOC, coordenada por Amiral Papa Farba Sarr em representação do Estado senegalês.
O documento foi assinado pelo General César Atoute Badiaté e por Lassana Fabouré, do Comité Provisório dos Aliados Políticos e Combatentes Unificados do Movimento das Forças Democráticas de Casamança.
O diretor Regional da África francófona do Centro para o Diálogo Humanitário, Alexandre Liebeskino, serviu de testemunha.
A Guiné-Bissau como parte garante assinou o Chefe da divisão Central da Contra-Inteligência Militar, o General Samuel Fernandes.
Entre várias rondas negociais, inclusive algumas na república irmã de Cabo Verde, finalmente, as partes beligerantes chegaram a um acordo, visando a paz em Casamança.
O conflito de Casamança deixa sequelas, para além de refugiados, danos materiais, várias vítimas mortais em protesto da independência.
_RTB
0 Comments