Bastonário da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau, Januário Pedro Correia, criticou duramente a justiça na Guiné-Bissau e afirmou que vai de mal a pior, tendo apontado dedo aos magistrados do Ministério Público e advogados como os principais responsáveis pela situação da desacreditação da justiça na Guiné-Bissau.
O advogado fez essas afirmações na durante a uma entrevista para falar das suas prioridades enquanto novo bastonário, dos desafios e mudanças que vai imprimir na Ordem.
“Acho que os advogados que apostaram em mim souberam escolher e foram inteligentes em fazê-lo. A nossa política é pela justiça, organizar a profissão para que os advogados possam sentir-se bem, exercer a profissão com toda a dignidade e preparar os advogados para que saiam bem. A nossa política é permitir que os mais pobres possam ser assistidos por advogados. Um advogado, quando comete um erro pode levar o cliente para prisão. Vamos apostar na formação dos nossos advogados”, disse.
Questionado se abre a possibilidade para dialogar com a Presidência da República e o governo para encontrar uma solução sobre o edifício da Ordem ou se vai manter a via judicial, respondeu que vai respeitar escrupulosamente aquilo que a assembleia-geral dos advogados aprovou há um ano.
“A assembleia-geral é soberana. Na altura não fechou a porta a esse diálogo. É preciso que a Presidência da República manifeste esse interesse também. Acho que a presidência deveria ter assumido outra postura.
O Presidente da República é garante da ordem e da estabilidade…tem que trabalhar para garantir a paz social e a paz social vem das coisas básicas. O que aconteceu com a Ordem foi condenado por todo o mundo. O importante é que se ponha a mão na consciência e perceber que isso não ajuda na boa imagem da Guiné-Bissau e o setor da justiça”, assegurou.
//RTB – Democrata
Por: TIDJANE CANDE
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