Adis Abeba: A União Africana (UA) anunciou esta terça-feira 22 de agosto de 2023, a suspensão das instituições do Níger após o golpe de Estado ocorrido em 26 de julho. Além disso, a UA expressou preocupações sobre uma possível intervenção militar da África Ocidental.
O Conselho de Paz e Segurança (CPS) da UA reconhece a decisão da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) de enviar forças para o Níger e solicitou à Comissão da UA que avaliasse as implicações econômicas, sociais e de segurança desse movimento, conforme comunicado emitido.
O CPS também optou por suspender a participação da República do Níger em atividades da UA até que a ordem constitucional seja restabelecida no país.
A decisão, tomada durante um contexto de divergências internas na UA, baseia-se em deliberações realizadas durante uma reunião sobre a situação no Níger, que ocorreu em 14 de agosto.
Após o golpe militar que depôs o presidente nigerino Mohamed Bazoum, eleito em 2021, a CEDEAO manifestou a intenção de enviar forças da África Ocidental para restaurar a ordem constitucional no Níger. Embora busque uma solução diplomática, a CEDEAO mantém a opção do uso da força, uma questão que gera divisões dentro da UA.
Recentemente, durante uma reunião em Acra, capital do Gana, o comissário da CEDEAO para Assuntos Políticos, Paz e Segurança indicou que a intervenção militar estava planeada, assim como os objetivos estratégicos e os detalhes operacionais.
O novo líder do Níger, o general Abdourahamane Tiani, reiterou que uma agressão não seria tolerada, desafiando qualquer intervenção militar externa.
A CEDEAO considerou “inaceitável” um período de transição de até três anos proposto pela junta militar nigerina. A organização regional busca a rápida restauração da ordem constitucional.
Uma delegação da CEDEAO liderada pelo ex-presidente nigeriano Abdulsalami Abubakar visitou o Níger para buscar uma solução à crise, incluindo negociações com Tiani e o presidente deposto, Mohamed Bazoum.
A instabilidade no Níger, após o golpe que derrubou o regime de Bazoum, preocupa a comunidade internacional devido às insurgências islâmicas no Sahel, associadas ao Estado Islâmico e à Al-Qaida. Várias nações, juntamente com a ONU e a UE, apelam por uma resolução pacífica da crise.
//RTB/Lusa
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