Líder do golpe no Níger propõe retorno à democracia dentro de 3 anos
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Por: Redação

Agosto 21, 2023

Agosto 21, 2023

Por: CNN


O líder militar do Níger, General Abdourahamane Tchiani, que depôs o Presidente Mohamed Bazoum e tomou o poder num golpe, propôs um retorno à democracia no prazo de três anos.

Nem a junta “nem o povo do Níger desejam guerra e mantêm-se abertos ao diálogo”, afirmou o General Tchiani durante uma intervenção televisiva no sábado à noite.

Ele disse que os princípios da transição seriam decididos nos próximos 30 dias, como parte de um diálogo nacional promovido pela junta e que a transição “não deveria durar mais do que três anos”.

O diálogo definiria “prioridades nacionais” e “apelaria para valores fundamentais para orientar a reconstrução” do país da África Ocidental, disse ele.

A junta assumiu o poder no final de julho, depôs Bazoum – que havia sido eleito democraticamente em 2021 numa transferência relativamente pacífica de poder – e encerrou as instituições nacionais.

Líderes da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) responderam ao golpe impondo sanções e emitindo um ultimato à junta para se demitir ou enfrentar uma potencial intervenção militar por uma força de prontidão regional.

Uma delegação de líderes da CEDEAO encontrou-se com Tchiani na capital Niamey no sábado e visitou Bazoum.

Tchiani afirmou, na sua intervenção televisiva, que a ambição da junta “não era usurpar o poder”.

“Reafirmo também a nossa disponibilidade para qualquer diálogo, desde que este leve em consideração as orientações desejadas pelo orgulhoso e resiliente povo do Níger”, disse ele.

No entanto, avisou que a junta retaliaria se fosse atacada.

“Se fossemos atacados, não seria o passeio no parque que alguns parecem pensar.”

A junta anteriormente afirmou ter reunido provas para processar Bazoum por “alta traição”.

O Níger está situado no coração da região do Sahel em África, que presenciou vários golpes de poder nos últimos anos, incluindo no Mali e Burkina Faso.

Era uma das poucas democracias remanescentes na região.

RTB/CNN

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