Presidente Umaro Sissoco Embaló Reafirma Legalidade do Processo Eleitoral e Foca em Infraestruturas

Bissau, 6 de fevereiro de 2025 – O Supremo Tribunal de Justiça decretou que o mandato do Presidente Umaro Sissoco Embaló termina a 4 de setembro deste ano. Em resposta, o Chefe de Estado reafirmou, hoje, à saída da reunião do Conselho de Ministros, que a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) sobre o processo eleitoral é definitiva, sublinhando que “o juiz decidiu e está decidido”.

“O processo eleitoral no nosso sistema começa no Supremo Tribunal de Justiça e também termina lá. Não era sequer uma questão de o Supremo ter de decidir, é uma questão de cumprir a lei. O Supremo decide o ano das eleições e toda a especulação à volta disto é teatro”, afirmou o Chefe de Estado.

Sissoco Embaló minimizou qualquer contestação política sobre a realização das eleições, assegurando que a sua principal preocupação é a conclusão das obras públicas em curso. “O que me preocupa é como vou puxar para terminar as obras que iniciei. Tenho de visitar o lançamento da estrada Safim-Mpack; Quebo-Boqué. Do lado da Guiné-Conacri já iniciaram as obras, e da nossa parte já temos financiamento”, disse.

O Presidente revelou ainda negociações com Abu Dhabi para financiamento das estradas de Safim, Gabú, Piche e Pirada, num montante entre 300 e 400 milhões de dólares, a serem reembolsados em cinco anos através da cobrança de portagens. “Este sim é o meu foco”, frisou.

Sobre a Carta do PAI TERRA RANKA à CEDEAO

Questionado sobre a carta enviada pelo movimento PAI TERRA RANKA à CEDEAO, Embaló desvalorizou o assunto, considerando-o “normal” e comparando com a sua própria experiência enquanto líder. “Quando fui presidente da CEDEAO também recebia cartas. Fui o primeiro presidente da Guiné-Bissau a presidir a CEDEAO e no futuro, no decorrer do meu segundo mandato, serei o primeiro a presidir a União Africana”, declarou.

O Presidente criticou o que chamou de “falsos protestos e falsas crises” e assegurou que não haverá instabilidade no país. “O Tribunal já decidiu e aqui não vai ter desordem. Iremos às eleições porque sou legalista e vou ganhar logo na primeira volta. Mesmo tu, jornalista, vais votar em mim porque viste as obras que fiz”, disse, mencionando ainda que as mulheres já lhe pediram para não fazer campanha devido às suas realizações.

Sissoco Embaló garantiu que as eleições acontecerão em novembro e que permanecerá no cargo até a posse do novo Presidente. “Sempre digo: por questão da lei, no ano das eleições ficarei até à tomada de posse do novo Presidente”, concluiu.

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