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O tribunal de flagrante delito de Dakar condenou três homossexuais a dois anos de prisão, esta segunda-feira, por “atos contra a natureza”. Os condenados são o estudante gabonês Jeffry Justin Rogambe (27 anos), residente em Parcelles Assainies; o estudante Saliou Diouf (25 anos), morador em Ouakam; e o informático Saliou Ka (34 anos), estabelecido em HLM 1 Sodida. Apesar de negarem os factos, o tribunal proferiu a sentença.

Jeffry Justin Rogambe foi detido pela brigada de Ouakam após ser identificado num caso de “atos contra a natureza” pelo seu compatriota Bivigou Karl Borry, que havia sido preso na Mesquita da Divindade de Ouakam. Este último apontou Jeffry como um dos seus parceiros. A 18 de janeiro de 2025, os militares da GNR prenderam Jeffry.

Durante o interrogatório, Jeffry admitiu ter praticado atos sexuais “contra a natureza” com Bivigou Karl Borry em duas ocasiões: a primeira no seu quarto em Parcelles Assainies e a segunda na casa do parceiro, em Ouakam. Jeffry também identificou Saliou Diouf e Saliou Ka como parceiros, levando às respetivas detenções.

Segundo o inquérito preliminar, Saliou Diouf e Saliou Ka confessaram ter mantido relações sexuais com Jeffry, a quem conheceram através da plataforma de encontros Grindy Gay Dating.

No entanto, em tribunal, o trio negou todas as acusações, sem convencer os juízes. O Ministério Público pediu uma pena de dois anos de prisão, enquanto a defesa requereu a absolvição.

Ao finalizar, o tribunal considerou-os culpados de “atos contra a natureza”. Todos foram condenados a dois anos de prisão efetiva e a uma multa de 200.000 francos CFA.