Bissau, 29 de janeiro de 2025 – O Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG) respondeu com dureza nesta segunda-feira a um comunicado do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), emitido pelo seu líder, Domingos Simões Pereira. Num texto carregado de críticas, o PTG classificou Pereira como “ganancioso, golpista, corrupto e anti-democrático”, acusando-o de almejar a Presidência da Guiné-Bissau “a todo o custo” para “continuar a saquear o erário público”.
Principais Acusações do PTG Contra o PAIGC
- Ambição Violenta
O PTG relembrou que, no passado recente, Pereira teria pedido publicamente “aos militares para abrirem ALAS“, permitindo-lhe entrar no Palácio da República “mesmo que isto custasse derramamento de sangue”. - Falta de Moral Política
O comunicado descreve Simões Pereira como líder de um partido “atolado em contradições e fracassos”, sem legitimidade para questionar a “integridade” do presidente do PTG, Aladje Botche Cande, elogiado como “referência inquestionável” na política guineense. - Apelo à Justiça
O PTG exigiu que Pereira “se coloque à disposição da justiça” e deixe de “esconder-se atrás da imunidade parlamentar”. - Defesa do Próprio Líder
O partido solidarizou-se com Botche Cande, exortando-o a manter-se “firme e determinado” após mais de 20 anos de carreira “honrosa” em prol da “democracia e unidade nacional”. - Desafio ao PAIGC
O PTG provocou o rival a emitir novos “comunicados acusatórios”, prometendo “respostas contundentes” a eventuais críticas. - Chamado à População
Militantes e simpatizantes foram convidados a permanecer “serenos e unidos” em defesa da “verdade, legalidade democrática e unidade nacional”.
Contexto da Crise Política
O ataque reflete a escalada de tensão entre os dois partidos, num cenário de polarização aguda na Guiné-Bissau. Enquanto o PAIGC posiciona-se como oposição ao governo, o PTG alia-se ao poder vigente, acusando o rival de minar a estabilidade do país.
Repercussão Imediata
O comunicado, assinado pelo Secretariado Nacional do PTG, não poupou adjetivos, classificando o texto do PAIGC como “simples panfleto” para “semear ódio e intriga”. A retórica inflamada sugere que a crise política guineense deve aprofundar-se nas próximas semanas, com trocas de acusações públicas.
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