Burkina 24
O Presidente de Burkina Faso, Capitão Ibrahim Traoré, liderou, na manhã de segunda-feira, a primeira cerimónia de hastear da bandeira do ano no Palácio de Koulouba. Na ocasião, o Chefe de Estado sublinhou a urgência de intensificar a luta contra o imperialismo.
Durante a cerimónia, o Capitão Traoré aproveitou para dirigir votos de sucesso aos funcionários da instituição e incentivou cada agente a dar o melhor de si para o bom funcionamento da administração.
O Presidente instou ainda os funcionários a integrarem a luta contra o imperialismo nas suas práticas diárias. “Deve ser uma luta travada incansavelmente, todos os dias”, reforçou.
Críticas ao neocolonialismo francês
O Chefe de Estado abordou também declarações recentes do Presidente francês, Emmanuel Macron, que anunciou uma mudança na estratégia de França em África. Segundo Traoré, o plano inclui dissolver sistemas de bases militares, mas mantendo uma presença disfarçada por meio de empresas de segurança privada que protegem interesses franceses nos países africanos.
“O único caminho eficaz para romper com o imperialismo é denunciar os acordos de defesa colonial. O problema está nos acordos assinados desde a independência”, declarou Traoré.
O Presidente destacou ainda o papel dos conselheiros militares franceses, que, segundo ele, são os principais responsáveis pela implementação de políticas que enfraquecem os exércitos africanos. “Eles trabalham para manter os nossos exércitos fracos, de forma a justificar a presença francesa,” afirmou, destacando que Burkina Faso já se livrou desses conselheiros.
Respostas às declarações de Macron
Traoré reagiu ainda às declarações de Emmanuel Macron, que teria classificado os africanos como ingratos. “Se há um ingrato, é ele. Se não for ateu, todas as manhãs, ao acordar, deveria rezar pelos africanos, pois foi graças aos nossos ancestrais que a França existe hoje,” afirmou categoricamente.
Convite ao despertar africano
Perante os desafios, o Presidente de Faso apelou aos africanos para despertarem, trabalharem em prol da felicidade dos povos do continente, lutarem contra o imperialismo e descolonizarem as suas mentalidades.
0 Comments