O Presidente da República desmente que em nenhum momento indigitou Soares Sambu para o cargo do Primeiro-ministro na ausência do Rui Duarte de Barros actual Chefe do Governo da Iniciativa Presidencial.
A posição do Chefe de Estado, foi dada esta segunda-feira no Palácio da República, durante uma conferência de imprensa de mais de três horas que juntou jornalistas, para abordar a situação política, económica e social do país.
Umaro Sissoco Embaló, afirmou que a ausência do Chefe do Governo guineense tem a ver com motivos de Saúde e que brevemente vai retornar ao país:
“Quando o Primeiro-ministro está a sair do país a única que Ele (Primeiro-Ministro) deve a satisfação é o povo, e ao Presidente da República e mais ninguém,” sublinhou Presidente da República.
Umaro Sissoco Embalo, contou ainda que se o Primeiro-ministro estiver a ausentar de país, deixa sempre uma carta ao Presidente da República, com as indicações de quem (Ministros) que possa-lhe substituir, resolvendo assuntos correntes até ao seu regresso, como acontece neste momento com o Ministro da Economia, Plano e Integração Regional, Soares Sambu actual Primeiro-ministro a condição até ao regresso de Rui Duarte Barros. Contudo o Presidente da República tem rejeitado a intenção que circule nos bastidores que anuncia em caso do Primeiro-ministro demorar para retornar ao país irá nomear Soares Sambu ao Cargo de Primeiro-ministro.
Ainda na sua comunicação com os Jornalistas, Umaro Sissoco Embaló, acusa o Ex-Primeiro Ministro Nuno Gomes Nabiam, Líder da APU-PDGB de ser um dos promotores e aliado na tentativa de golpe de Estado perpetrado a um de Fevereiro de 2022.
“Dou-vos a liberdade de fazer questionários as pessoas que estiveram rodeados de mim naquele dia, todos eles tinham ouvido alguém a anunciar a detenção de Guarda Costas de Nuno Gomes Nabiam, e de repente “Tchami Yalá” disse na altura que aqueles são seus irmãos”, contou o Presidente da República que disse ter ligado ao Nuno Gomes Nabiam mas de trinta vezes, mas Ele não atendia as chamadas. Recordando pois que nas palavras de Tchami Yala, afirmava que tinha dito ao Nuno Gomes Nabiam que viria hoje (01.02.2022), mas Nabiam tinha-lhes afirmado que sempre dão datas que não corresponde com o combina e nada fazem, e já não merecem confiança de ninguém, prosseguiu.
Umaro Sissoco Embalo, lembra ainda que tudo isso tinha sido as palavras de Tchami Yalá, que acima de tudo tem autorizado a um terceiro que distribua as armas, e estes por sua vez rejeitaram pega-las de momento admitindo aguardar ordens para cumprir, foi a partir daquele momento que começamos a ouvir de novo alguém a perguntá-lo do Presidente da República e de Soares Sambú.
“Ainda não pegaram Sissoco Embalo, e nem Soares Sambú, e o Sandji… foi ali que deu ordens para perseguir Nuno Gomes Nabiam por qualquer lugar que estiver porque sabia do que estava a acontecer, porque trinta minutos antes de atiraram queria abandonar a sala da reunião e foi mesmo Ele (Nuno Gomes Nabiam) que disse-me para continuar ainda a presidir o Conselho de Ministros e saiu logo para o seu gabinete por mais de 20’ a 30’ minutos e nunca mais voltou” lembrou o Chefe de Estado.
Sobre a caducidade da Comissão Nacional de Eleições – CNE, o Presidente da República, diz que não tem culpa nessa matéria por simplesmente proferir a publicação de um Decreto Presidencial que derrubou ANP; enquanto aponta falhas de caducidade na escolha de um novo Presidente da CNE ao vencedor das ultimas Eleições Legislativa de Junho de 2023 a Coligação Plataforma Aliança Inclusiva – PAI TERRA RANKA.
“O PAI TERRA RANKA, em vez de estavam a proceder diligências preparando a escolha de um novo Presidente da CNE, uma vez que estiveram a agendar outras coisas como o de roubar os 6 Bilhões de Francos CFA; por isso, se tiveram agendado o que esta a ser problemas no país seria melhor”, disse o Presidente; adiantando não ter culpa naquele caso “ e, onde estas a culpa do Presidente nesta matéria, com isso, nas sessões de plenária deviam solicitar proposta do Conselho Superior da Magistratura para este efeito, mas não tenham feito, e, acabaram por ver dissolvido a ANP”, sublinhou Sissoco Embalo, advertindo com juras de que, qualquer partido que vinha sair das Eleições Legislativas de 24 de Novembro do ano em curso, como vencedor não vai pressionar e apresentar mais CNE.
A propósito de juntar Jornalistas para conferência de imprensa alargada o Presidente da República, anuncio que isso normalmente é um exercício de qualquer Presidente da República.
“No ano passado tínhamos feito “djumbai” como estas, com os Jornalistas e foi neste âmbito que volto a convidar-vos para mais conversas porque a Presidência da República é uma instituição como vocês (Jornalistas) têm sido órgão de quarto poder da soberania, nesse sentido digo-vos que neste momento o país tem estado a viver situações anormais no âmbito político e no somente nas outras áreas também acontecem cenários que estão a acontecer como no meu caso em que as vezes a impaciência acaba por me deixar sem como distinguir quem é Jornalista, Bloguista e ou até “bocas de aluguel” e, foi por isso que ando a perguntar a cada um de vós quem pertence tais órgão de modo a poder descortinar quem esta a perguntar ao Presidente da República para que assim possa ter uma resposta adequada,” esclareceu o Chefe de Estado.
Entretanto conforme, refere a Rádio Franca Internacional – RFI, ainda esta segunda-feira, na sua página digital, aponta abordagem do Presidente da República Umaro Sissoco Embaló face a situação da política externa do país, nomeadamente o mandado de captura emitido contra o ex-Presidente da RCA, Bozizé, exilado em Bissau.
Da qual, Sissoco Embaló falou do Ex-Presidente da República Centro Africana, François Bozizé, exilado na Guiné-Bissau, desde Março de 2023, alvo, desde Maio último, de um mandado de captura emitido pelo Tribunal Penal Internacional.
No entanto o Chefe de Estado, disse que a Guiné-Bissau não permite a extradição e Bozizé não será extraditado enquanto Embaló for Presidente, jamais permitira a extradição no país.
Por outro lado, o Presidente da república, disse que por ter apontado o combate contra à corrupção e o narcotráfico como bandeiras da sua governação, às vezes é incompreendido, até pelos seus aliados políticos.
Umaro Sissoco Embaló notou que antes de chegar à Presidência da Guiné-Bissau já tinha realizado alguns dos seus sonhos e que apenas aufere um salário mensal de 1 milhão e 800mil francos CFA, (cerca de 2.700 euros) enquanto Presidente da República.
Refere ainda que em quatro anos, fez mais do que os antigos governantes desde a independência, por exemplo, que na próxima semana será inaugurado o primeiro centro de hemodiálise na Guiné-Bissau, completou Embalo.
No entanto anunciou para breve o início do tratamento ou seja o funcionamento do Centro de hemodiálise no país porque as condições já foram criadas para o efeito.
Citado ainda pela ANG, Umaro Sissoco Embalo reconheceu que a Guiné Bissau está a viver uma situação política conturbada criada por alguns políticos, mas que não teria motivos de existir.
Afirmando que, o facto de assumir a Presidência Rotativa da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), da Aliança de Líderes de Países Africano de Luta Contra Malária e no próximo ano assumirá a Presidência da Comunidade dos Países de Língua portuguesa (CPLP), frisando que tudo isso dignifica a Guiné Bissau.
Lamentou ser o único Presidente no espaço da CPLP sujeito aos insultos da parte de alguns concidadãos, mesmo assim disse que representa os guineenses com honra e dignidade.
“Não é uma questão de arrogância, mas desde independência até aqui não houve um chefe de Estado que trabalhou muito, para devolver confiança aos guineenses junto das organizações internacionais) ”, salientou.
Umaro Sissoco Embalo, justificou a sua opinião, alegando que houve una certa altura ao falar da Guiné Bissau, as pessoas dizem que é um Estado falhado, acrescentando que não foi fácil recuperar a autoridade do país e a auto confiança.
Informou também que, depois da pandemia da COVID, a semelhança de outros países, a Guiné-Bissau deparou com dificuldades económicas e diligenciou-se junto dos parceiros tradicionais, nomeadamente Portugal, França para apoiar o país.
SI/ITF
//RFI/ANG/RTB
Dia da amizade Marrocos-Guiné-Bissau: Comemorações no 49.º aniversário da marcha verde
Por organização do 49º aniversário da Marcha Verde, do centenário de Amílcar Cabral e no âmbito da cerimónia de encerramento do dia de Amizade entre Marrocos e Guiné-Bissau, a Embaixada do Reino de Marrocos, em parceria com a Universidade Amílcar Cabral,...
0 Comments