Bissau, 27 de maio de 2025 — A Direção Nacional da Polícia Judiciária (PJ) da Guiné-Bissau reagiu esta terça-feira às notícias veiculadas na imprensa portuguesa, nomeadamente pelo jornal Correio da Manhã, relativamente à absolvição de Manuel Irénio Lopes, conhecido por Manelinho, num processo de tráfico de estupefacientes julgado em Lisboa.
Num comunicado publicado na sua página oficial do Facebook, a PJ guineense afirma ter acompanhado com “particular atenção” a evolução do caso e sublinha que colaborou de forma plena com as autoridades judiciais e policiais portuguesas durante todo o processo.
De acordo com o documento, a PJ da Guiné-Bissau respondeu prontamente a todas as diligências solicitadas, enviando de forma imediata os elementos requeridos pelas autoridades portuguesas. Entre esses elementos, destacam-se os registos de videovigilância do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, em Bissau, e cópias de documentos oficiais que, segundo a polícia, comprovam a verdadeira identidade do cidadão em causa.
A instituição guineense aproveitou ainda para destacar a “sólida cooperação” com Portugal no combate ao crime organizado transnacional, com especial ênfase no tráfico de droga, sublinhando que esta relação tem permitido a troca constante de informações e a realização de ações conjuntas para desmantelar redes criminosas ativas entre os dois países.
A Direção Nacional da PJ termina o comunicado reafirmando o seu “firme compromisso” com o reforço da cooperação internacional e garante que continuará a colaborar com as autoridades portuguesas em investigações e operações futuras.
O caso de Manelinho tem sido alvo de ampla cobertura mediática, após a justiça portuguesa ter decidido pela sua absolvição, o que motivou reacções diversas sobre o impacto desta decisão nas relações de cooperação bilateral no domínio da justiça criminal.
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