Bissau, 29 de janeiro de 2025 – O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) repudiou firmemente as declarações do atual Ministro do Interior do governo, Botche Candé, que acusou o presidente do partido, Domingos Simões Pereira, de lhe ter dado ordens para assassinar o então Presidente da República, José Mário Vaz, em 2015.
Num comunicado divulgado à imprensa, o PAIGC classificou as acusações como “falsas e caluniosas”, atribuindo-as a um político que “já nos habituou a uma postura de subserviência e servidão a poderes políticos instalados”. O partido estranhou o facto de Candé só agora, nove anos após ter sido exonerado do cargo de Ministro do Interior, vir a público fazer tal alegação.
O comunicado expressa ainda indignação com a “tentativa de denegrir a imagem” de Domingos Simões Pereira, descrevendo as declarações como um “expediente ridículo e de baixo nível”. O PAIGC também responsabilizou Botche Candé por “sucessivos atos de raptos, espancamentos e detenções arbitrárias” durante o seu mandato no Ministério do Interior.
O partido manifestou solidariedade ao seu presidente e incentivou-o a continuar a sua luta pela “restauração da democracia e do Estado de Direito” na Guiné-Bissau. Além disso, apelou à mobilização dos militantes e simpatizantes para combater o atual regime, que descreveu como “hediondo”, e exortou a população a manter-se “resiliente e serena” perante a atual conjuntura política.
O comunicado foi assinado pelo Secretário Nacional do PAIGC, António Patrocínio Barbosa Silva.
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