A missão política de alto nível da CEDEAO e do Escritório das Nações Unidas para a África Ocidental e o Sahel (UNOWAS) deixou a Guiné-Bissau na madrugada de 1 de março, na sequência de ameaças de expulsão proferidas pelo Presidente Umaro Sissoco Embaló.
O grupo, enviado pelo Presidente da Comissão da CEDEAO, Dr. Omar Alieu Touray, esteve em Bissau entre 21 e 28 de fevereiro de 2025 com o objetivo de apoiar os esforços políticos para um consenso sobre um roteiro para eleições inclusivas e pacíficas no país. Durante a sua estadia, a missão reuniu-se com diversas entidades, incluindo o próprio Presidente da República, autoridades, representantes políticos, responsáveis pela gestão eleitoral e membros da sociedade civil, bem como parceiros bilaterais e internacionais.
Segundo o comunicado divulgado, a missão registou as preocupações manifestadas pelos intervenientes e destacou o compromisso de todas as partes no diálogo político. Como resultado das discussões, foi elaborado um projeto de acordo para a organização das eleições legislativas e presidenciais de 2025, cujo processo de apresentação aos atores políticos já tinha sido iniciado.
A CEDEAO e a UNOWAS deverão agora apresentar um relatório ao Presidente da Comissão da CEDEAO, contendo propostas para garantir um roteiro consensual e a realização de eleições pacíficas.
A missão apelou a todas as partes interessadas e à população guineense para que mantenham a calma e preservem a paz e a estabilidade no país.
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