AP
Irão afirma ter disparado dezenas de mísseis contra Israel, onde os residentes são avisados para se abrigarem
O Irão afirmou ter disparado dezenas de mísseis contra Israel na terça-feira, à medida que os combates entre Israel e os proxies do Irão na região — Hezbollah e Hamas — se intensificavam, ameaçando um conflito regional mais amplo. Israel ordenou aos residentes que permanecessem perto de abrigos antiaéreos enquanto sirenes de alerta soavam em todo o país.
Uma série de explosões que estremeceram as janelas foi ouvida em Tel Aviv e nas proximidades de Jerusalém, embora não estivesse imediatamente claro se os sons provinham de mísseis a aterrar ou a serem interceptados pelas defesas israelitas, ou de ambos.
Israel e os Estados Unidos alertaram que haveria consequências severas em caso de um ataque a Israel proveniente do Irão, que apoia o grupo militante Hezbollah no Líbano.
O porta-voz do exército israelita, o contra-almirante Daniel Hagari, afirmou que o sistema de defesa aérea do país estava totalmente operacional, detectando e interceptando ameaças. “No entanto, a defesa não é hermética”, disse ele.
Ordens para se abrigarem foram enviadas para os telemóveis dos israelitas e anunciadas na televisão nacional.
O Irão assumiu a responsabilidade pelo lançamento de dezenas de mísseis balísticos contra Israel. A reivindicação foi feita numa declaração lida em voz alta na televisão estatal, enquanto explosões podiam ser ouvidas em Jerusalém e Tel Aviv.
Na sua declaração, o Irão referiu-se ao líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e ao general da Guarda Revolucionária, Abbas Nilforushan, ambos mortos num ataque aéreo israelita na semana passada em Beirute. Também mencionou Ismail Haniyeh, um dos principais líderes do Hamas, que foi assassinado em Teerão num ataque suspeito israelita em julho. Advertiu que este ataque representava apenas uma “primeira onda”, sem dar mais detalhes.
Os alertas de ataque aéreo em Israel surgiram um dia depois de Israel ter anunciado que havia iniciado operações terrestres limitadas contra o Hezbollah no sul do Líbano.
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