Por organização do 49º aniversário da Marcha Verde, do centenário de Amílcar Cabral e no âmbito da cerimónia de encerramento do dia de Amizade entre Marrocos e Guiné-Bissau, a Embaixada do Reino de Marrocos, em parceria com a Universidade Amílcar Cabral, especificações na tarde na última sexta-feira, dia 8 de novembro, um colóquio nas instalações da universidade sobre a experiência dos dois países na luta pela independência.

Durante o seu discurso de abertura, o Reitor da Universidade Amílcar Cabral, Herculano Alves, destacou que proferir discursos bem elaborados não é o suficiente para promover o desenvolvimento da Guiné-Bissau, incentivando todos a colocarem na prática os ensinamentos de Amílcar Cabral:

“Muitas às vezes, na Guiné-Bissau, valorizamos as pessoas que fazem discursos bonitos, mas não fazem nada. Discursos bem elaborados não são sinónimo de sucesso. A todos, dirijo a colocar em prática os ensinamentos de Amílcar Cabral. Ele era um homem de poucos discursos e muito trabalho”.

Após o discurso do Reitor, o moderador deu início às palestras. O primeiro interveniente foi um docente da universidade, acompanhado pelo Embaixador do Reino de Marrocos, Babana El Alaoui Mohamed Salah, que realçou a importância histórica da Marcha Verde para Marrocos e reafirmou o compromisso do país com o desenvolvimento africano

“A Marcha Verde é um marco nos anais da nossa luta nacional pela integridade territorial do Reino. Iniciada pelo génio do falecido Hassan II para libertar as províncias do sul do domínio colonial espanhol, este evento será para sempre gravado na história marroquina, simbolizando uma exemplar simbiose entre o trono Alauita e o povo marroquino, e a unidade em torno dos valores sagrados da nação.”

O Embaixador reforçou ainda a aproximação de Marrocos à ação africana conjunta, afirmando que esta se baseia numa visão real, constante e clarividente, centrada nas causas nobres de África e nos interesses específicos dos cidadãos africanos, tais como paz, segurança e desenvolvimento no centro da agenda Pan-africana. “A cooperação Sul-Sul é estratégica para acelerar os objetivos da Agenda 2063”, sublinhou.

O colóquio contou com a participação de docentes universitários e mais de 150 estudantes. As comemorações culminaram com um jantar de recepção no Canafistra, que reuniu governantes, empresários, chefes diplomáticos, líderes militares, amigos da Guiné-Bissau e Marrocos, entre outros convidados.

É importante salientar que Guiné-Bissau e Marrocos têm mantido uma amizade de longa data, fortalecida por acordos e memorandos de entendimento para promover a cooperação mútua.

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