O Secretário Nacional cessante do Parlamento Nacional Infantil (PNI), Djarga Djau, acusou esta segunda-feira o presidente em fim de mandato, Leone Dias da Costa, de proferir ameaças contra membros que se opõem à sua liderança.
As declarações foram feitas durante uma conferência de imprensa realizada em Bissau, na qual Djau e outras vozes dissidentes classificaram como ilegal o processo eleitoral que teve lugar na última sexta-feira, 31 de maio, e que elegeu os representantes da VIII Legislatura do PNI.
Segundo Djau, “o Parlamento Nacional Infantil não pode ser liderado por alguém que ameaça os seus colegas e reprime a liberdade dos deputados”. O dirigente cessante pediu a nulidade do ato eleitoral, alegando violação dos procedimentos legais.
Leone Dias da Costa, visado pelas acusações, anunciou que irá responder publicamente esta terça-feira, às 10h00, em conferência de imprensa marcada para o Gabinete do Parlamento Infantil, no edifício da Assembleia Nacional Popular.
Ainda durante a conferência, Djau alertou para o risco de retrocesso democrático na instituição juvenil sob a liderança atual, expressando preocupação com o futuro do órgão representativo das crianças guineenses.
Fontes próximas ao processo indicam que as eleições foram organizadas pelo Instituto da Mulher e da Criança, em colaboração com a direção do PNI. No entanto, os críticos afirmam que o processo não respeitou os trâmites legais, reforçando os apelos para que o ato seja anulado.
A situação ocorre num momento sensível de transição política dentro do Parlamento Infantil, levantando questões sobre a transparência e o respeito pelas normas democráticas no seio desta importante instituição juvenil.
//Mutaro Djaló
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