API-CG e PAI-TR denunciam ameaças de Umaro Sissoco Embaló à missão da CEDEAO/ONU
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Por: Redação

March 3, 2025

March 3, 2025

Bissau, 3 de março de 2025 – As coligações Aliança Patriótica Inclusiva–Cabaz Garandi (API-CG) e Plataforma da Aliança Inclusiva–Terra Ranka (PAI-TR) emitiram hoje um comunicado conjunto condenando as alegadas ameaças do ex-Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, à missão da CEDEAO/ONU que se encontrava em Bissau para facilitar o diálogo político.

De acordo com o comunicado, Embaló terá enviado uma mensagem à missão afirmando: “Devo chegar a Bissau amanhã, se ainda encontrar aí a dita missão, amanhã mesmo vão abandonar Bissau, mesmo que seja por via terrestre.” Perante esta declaração, os representantes da CEDEAO e da ONU decidiram abandonar o país de forma precipitada, sem concluir as negociações em curso.

As coligações API-CG e PAI-TR classificam a atitude do ex-Presidente como “autoritária, arrogante e desrespeitosa”, acusando-o de tentar perpetuar-se no poder de forma antidemocrática, apesar do fim do seu mandato a 27 de fevereiro de 2025. O comunicado também critica a recusa de Embaló em marcar eleições presidenciais e legislativas, considerando que essa decisão coloca o país numa crise política e social de consequências imprevisíveis.

Diante desta situação, as coligações decidiram:
1. Congratular-se com o trabalho da missão da CEDEAO/ONU e os esforços para encontrar soluções para a crise política;
2. Condenar veementemente a atitude de Umaro Sissoco Embaló, acusando-o de sabotar o diálogo para eleições livres e transparentes;
3. Demonstrar solidariedade com os membros da missão que foram forçados a sair do país;
4. Reafirmar que o mandato de Embaló terminou a 27 de fevereiro de 2025, sendo a Assembleia Nacional Popular o único órgão legítimo de soberania;
5. Reiterar o compromisso de continuar o diálogo político para encontrar soluções consensuais para a crise;
6. Recusar qualquer processo de diálogo promovido por Embaló fora do quadro da mediação da CEDEAO/ONU;
7. Apelar ao povo guineense para manter a calma e lutar pela reposição do Estado de Direito Democrático.

O documento foi assinado em Bissau pelos líderes das duas coligações, Nuno Gomes Nabiam (API-CG) e António Samba Baldé (PAI-TR), marcando mais um capítulo na crescente tensão política na Guiné-Bissau.

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