Administrador do Novo Banco Envolvido em Esquema para Branquear Milhões Desviados da Guiné-Bissau
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Por: Redação

January 8, 2025

January 8, 2025

CNN Portugal

Carlos Brandão, administrador responsável pelo departamento de risco do Novo Banco, está sob suspeita de corrupção envolvendo pelo menos um membro do governo da Guiné-Bissau. De acordo com apurações realizadas pela Polícia Judiciária e pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), ele teria participado de um esquema para ocultar, em bancos portugueses, recursos desviados do erário público desse país africano.

Segundo as investigações, Brandão contava com o apoio de sua esposa e de um motorista do banco. Este último seria responsável por transportar grandes somas de dinheiro em espécie, guardadas em malas, para serem depositadas em contas em diversas instituições financeiras. O esquema utilizava uma rede de intermediários e estratégias que buscavam evitar a detecção por sistemas de combate ao branqueamento de capitais.

A denúncia partiu do próprio Novo Banco, que notificou o Ministério Público. Após uma investigação conduzida em sigilo, Brandão foi afastado de suas funções nesta terça-feira. No mesmo dia, a Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária e o DCIAP realizaram buscas em residências, no Novo Banco e em outras localizações.

Até o momento, Carlos Brandão e sua esposa foram formalmente acusados por crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e falsificação. A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou as buscas, explicando que elas tinham o objetivo de recolher provas documentais e outros elementos relevantes para a investigação.

As operações de busca envolveram quatro residências, uma agência bancária e sete outros locais, com a participação de magistrados e agentes especializados.

Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Novo Banco informou que Brandão foi afastado de suas funções de forma imediata, após a identificação de transações financeiras suspeitas em sua esfera pessoal. O banco destacou que as operações investigadas não têm qualquer relação com a instituição, seus clientes ou colaboradores, nem afetam sua posição financeira ou atividades comerciais.

O caso segue sob segredo de justiça.

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