O dirigente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) que deverá encabeçar a delegação negocial do mesmo partido para o governo de iniciativa presidencial disse que a finalidade do seu partido é trabalhar para o Povo da Guiné-Bissau, e se têm que fazer algumas cedências para o efeito as farão.
Manuel dos Santos vulgo Manecas, fez estas declarações em entrevista a DW África , sobre se o partido não teme que possa suscitar críticas, nomeadamente de alguma incoerência, uma vez que o PAIGC tem-se pautado por uma posição bastante crítica relativamente ao Presidente guineense e está em permanente rota de colisão com Sissoco, ao integrar agora um governo de iniciativa presidencial.
Dos Santos acrescentou que o líder do mesmo partido quando saiu do encontro com Sissoco Embaló disse claramente que os interesses do país estão acima da necessidade que ele tem de preservar a sua imagem e da eventual “falta de coerência” de que podem ser acusados.
Perguntado sobre a sua impressão após o encontro com o Presidente da República, respondeu que saíram com uma impressão de que há uma mudança por parte do Presidente e há uma certa distensão no clima, e diz pensar que, é bom para poderem chegar a um entendimento que viabilize a próxima legislatura e que ponha o país em melhores circunstâncias.
O veterano da luta defendeu a presença razoável no governo, no qual vai tomar decisões importantes sobre os problemas que houve recentemente, sobre a Comissão Nacional de Eleições (CNE), o recenseamento eleitoral e todo o processo eleitoral.
Sustentou que, caso vieram a integrar ao referido governo, as prioridades do partido são de querer dar uma contribuição para melhorar a situação geral do país, tendo em conta a experiência que tem, e preparar para a próxima legislatura, nomeadamente, atualizar o recenseamento de eleitores, mudar a direcção da CNE e todo o staff e realizar as próprias eleições.
Manecas dos Santos disse também que a prticipação do seu partido no governo de iniciativa presidencial se deve ao fim da Xª Legislatura e para isso devem preparar para a XIª.
“Isso envolve recenseamentos eleitorais, eleições e uma CNE que hoje não existe. Portanto, achamos que o PAIGC não pode estar ausente desta preparação das próximas eleições, e pode dar uma contribuição positiva no melhoramento da situação geral da populações aqui no país”, disse.
Sublinhou que vão negociar a entrada, e em princípio, a delegação negociqal vai ser chefiada por ele e que vai sentar com os representantes do governo para ver qual será a distribuição dos pelouros do Estado que vão caber ou não ao partido libertador.
RTB/ANG
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